terça-feira, 22 de junho de 2010

Sem Razão

No café da manhã de ontem Clarice quase não comeu. Disse para sua irmã que não aguentava cheiro forte de pãozinho fresco.

Sua irmã, Cecília, achou que Clarice estava doente. " Onde já se viu reclamar de cheiro de pão fresco ".

Naquele dia Clarice estava preocupada, sentia uma coisa estranha dentro de si, que apertava seu coração.

Hoje ela iria ao seu psicólogo. Precisava conversar, dizer o que sentia. Não estava nada bem, uma angustia a cercava por todos os lados. Não quis dizer nada para Ceci, para que não se preocupa-se.

No caminho do consultório algo estranho aconteceu. Ela olhou ao seu redor e teve a nítida impressão que todos a olhavam. Era como se estivesse nua, ou fosse alguma aberração da natureza. O mais estranho é que as pessoas que a olhavam, depois faziam gestos e expressões de repugnância e horror.

Clarice não aguentou e voltou correndo para sua casa. Cecília vendo toda aquela movimentação correu atrás de sua irmã, mas ela já estava trancada dentro do quarto.

Quando conseguiu arrombar a porta do quarto ficou estado de choque.

Ela viu pela janela, sua irmã caida na calçada de sua rua.

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